sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mateus 13.1-9: A Parábola do Semeador

Leitura: Mateus 13.1-23                       Pr. Alexandrino
Texto: Mateus 13.1-9                           Recife 27-12-2009

Amada igreja do Senhor Jesus Cristo!

A parábola do semeador é uma das parábolas mais conhecidas no mundo cristão. Mas, o que é uma parábola? Parábola é uma história. História que se utiliza de elementos do nosso cotidiano, a fim de ensinar as pessoas que estão ouvindo. E o nosso Senhor Jesus Cristo gosta de ensinar por parábola as pessoas ao seu redor. Pois Ele se utiliza de elementos do dia-a-dia daquelas pessoas. Elementos que eles podiam compreender muito bem. Pensem na parábola da ovelha perdida e o esforço do pastor para encontrá-la. Assim Jesus - usando a ilustração do trabalho dos pastores de ovelhas – pôde ensinar aos seus ouvintes o que Deus faz para com seu povo. Ele como o Bom Pastor vai à procura das ovelhas perdida da casa de Israel. Jesus se utilizava desses elementos corriqueiros para ensinar seus ouvintes. E aqui não é diferente. Ele usa a figura de um agricultor que estar preparando a sua terra para o plantio. É algo que todos podiam entender, pois Israel era uma nação que vivia muito da agricultura.
Porém, esta parábola mostra algo muito importante no ministério do Senhor Jesus Cristo. Pois esta parábola mostra uma transição do ministério de Jesus Cristo. Por quê? Acompanhe comigo como começou o ministério do Senhor Jesus Cristo.
Irmãos, Jesus Cristo começou seu mistério procurando o povo de Israel. O povo da aliança. O povo do Senhor. São as ovelhas perdidas de Israel. Ele não vai procurar os gentios. Nem tenta criar outro povo. Pelo contrário, Ele vai cumprir as promessas da aliança. Mesmo que o povo de Israel esteja desviado, Deus envia seu Filho para resgatar os que estão perdidos. Porém, Jesus Cristo sofreu rejeição por parte de Israel. Como o apóstolo João diz em seu evangelho 1.11: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”. Jesus chegou em Gadara e curou dois endemoninhados. Mas, a população pediu que Jesus se retirasse da sua terra. Pois não querem nada com Jesus Cristo. Depois Ele fez numerosos milagres nas cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum. E novamente o povo se recusou a arrepender-se de seus pecados e a crer em suas palavras (Mt 11.20-24). Obstinadamente recusaram-se a crer em Jesus Cristo. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 11.21-24: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo”. Os habitantes dessas cidades são membros do povo de Deus. Mas, mesmo assim agem como descrentes, ou melhor, agem pior que os descrentes. Pois o Senhor Jesus Cristo fala que “se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza”. Eles rejeitaram a Palavra de Deus e seu Messias. Por causa do pecado dos habitantes daquelas cidades “haverá menos rigor, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para elas”. Isso mostra a gravidade da descrença daquele povo.
Entretanto, não fica apenas nisso. Logo depois vem a hostilidade dos líderes Judeus em tentar matar Jesus Cristo. Estão agindo da mesma maneira que os descrentes, ou melhor, estão agindo pior que os ímpios. Pois são os líderes espirituais do povo. Conhecedores da lei.
É triste o que nós estamos vendo no ministério Jesus Cristo. Ele está sendo rejeitado pouco a pouco pelos da casa de Israel. O povo que deveria recebê-Lo com muita alegria e amor – pois Ele é o Salvador do povo. Isso não acontece de maneira nenhuma. Porque a descrença é muito grande. Pois os líderes de Israel não apenas tentaram matar a Jesus. Chegaram ao ponto de blasfemar contra o Espírito Santo. Quando Jesus Cristo estava cheio do poder do Espírito Santo, fazendo prodígios e sinais e anunciando a Palavra de Deus com muita clareza. O poder de Deus se manifestando de tal maneira naquela hora sobre Jesus Cristo, que era impossível não crer no Senhor Jesus Cristo. Entretanto, os líderes do povo atribuíram o poder do Espírito Santo, agindo através de Jesus, como obra de satanás. Deliberadamente, propositadamente negaram a ação do Espírito Santo no ministério de Jesus Cristo. Eles selaram o seu destino eterno. Pois não há perdão o pecado contra o Espírito Santo.
Foi nesse momento de rejeição e mais rejeição no ministério de Jesus Cristo que se encontra a parábola do semeador. O Senhor Jesus Cristo mudou a direção do seu ministério. Ele agora se dirige especificamente para seus discípulos. Ele depois de muitas tentativas pregando o evangelho de Deus e sendo rejeitado, Ele deixa o povo e se dirige exclusivamente aos seus discípulos. Ele está preocupado com o coração dos seus amados discípulos. Pois eles serão os pilares da Igreja de Jesus.
É exatamente nesse momento Jesus Cristo fala por parábola. O motivo de Jesus falar por parábola é propositadamente. Por quê? Porque aos discípulos foi dado a conhecer os mistérios do reino. Acompanhe a leitura comigo de Mateus 13.11-12a que diz: “Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância”. Eles receberam o privilégio de conhecer os mistérios do reino de Deus. Nem todos têm esse privilégio. Nem todos em Israel tiveram e nem todos nos dias de hoje terão o privilégio de conhecer os mistérios do reino de Deus. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 13.16-17: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram”. Eles são bem-aventurados! Bem-aventurados em conhecer a graça de Deus em suas vidas. Bem-aventurados em viver com Jesus Cristo, pois Jesus Cristo é a graça de Deus na vida dos homens. Bem-aventurados em servir a Jesus Cristo. Bem-aventurados em conhecer o mistério do reino de Deus. Assim como nós somos bem-aventurados. Pois nos foi concedido o privilégio de conhecermos os mistérios do reino de Deus. Nos foi dada a graça de vivermos para Deus somente. Sabendo que viveremos no seu reino. Isso é ser bem-aventurado! É ser liberto do domínio do pecado e do diabo. Ser lavado no sangue do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Existe graça maior do que essa? Não, não existe. Porque Deus nos resgatou do perigo da condenação eterna, por essa causa somos bem-aventurados!
Porém, quando Jesus fala aqui em parábola, no texto da pregação, é um juízo condenatório sobre os judeus. É uma condenação sobre aqueles israelitas. Ele diz em Mateus 13.12b-13: “mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem”. Ele não está falando em parábola para revelar o reino dos céus as pessoas que estão ouvindo a Ele, mas está falando para ocultar os mistérios do reino de Deus. Jesus após falar estas palavras, imediatamente cita Isaías 6.9-10. O texto de Isaías 6.9-10 diz: “Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo”.
Irmãos, Deus já havia enviados muitos profetas para pregarem a sua palavra a casa de Israel. Mas o resultado é que o povo não quis ouvir a palavra do Senhor e nem se arrepender de seus pecados. Querem permanecer longe do reino de Deus. Então, na passagem de Isaías que lemos, nós vemos Deus comissionando Isaías para pregar a sua Palavra ao povo da aliança mais uma vez. E qual a mensagem que Deus mandou Isaías pregar? Deus mandou Isaías anunciar juízo ao povo. A missão de Isaías era difícil, pois ele deveria pregar e o resultado era endurecimento do povo e nada de arrependimento. O povo iria ouvir a palavra de Deus e não iria entender; o povo iria ver os sinais através de Isaías e não iria perceber. Sabe por quê? Porque o Senhor estava, tornando através da pregação da palavra, insensível o coração daquele povo. Em outras palavras podemos dizer que: o Senhor não queria salvar mais Israel. O Senhor estava cansado de enviar os seus servos a pregar as boas novas. Agora o Senhor envia juízo sobre todos os que rejeitaram a Ele. O texto de Isaías diz que o Senhor não quer que o povo se converta. Assim aconteceu na época do profeta Isaías e assim pode acontecer nos dias de hoje. Pois a longanimidade, a paciência de Deus tem um limite. Deus pode reter a sua graça depois de muito oferecida. Então, em vez de ser para a salvação será para condenação daqueles que desprezam a Palavra de Deus.
Irmãos, Jesus usa este texto de Isaías para dizer que a mesma coisa está acontecendo naquele momento do seu ministério. Pois havia endurecimento por parte do povo; havia rejeição dEle como Messias e de Sua Palavra, por parte do povo; o resultado depois de muita pregação e ensino foi o abandono da fé por parte do povo da aliança. Observe atentamente o início do verso 14 que diz: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías”. A profecia de Isaías está se cumprindo naquele momento. Assim como aconteceu na época do profeta Isaías uma grande rejeição por parte do povo ao Senhor e a sua palavra. Assim estar acontecendo na época de Jesus Cristo. O povo está rejeitando a Deus e seu Messias. Acompanhe comigo novamente a leitura de Mateus 13.14-15 que diz: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”.
Irmãos, Jesus Cristo prega através de parábolas para ocultar as coisas do reino de Deus e assim o povo – fariseus, escribas, sacerdotes e outros judeus – não seriam salvos por Ele. O povo rejeita-O, mas agora é Ele que estar rejeitando o povo. Eles iriam ouvir a sua pregação e não iriam entender; iriam ver os seus milagres e sinais, mas não iam perceber; porque Deus estava endurecendo o coração daquele povo. Deus estava fechando os olhos e tapando os ouvidos do povo. Assim o povo não iria se converter e ser salvo por Ele.
Aqui tem uma aplicação para nós. Pois Deus nos deixa bem claro que: se nós O rejeitamos, Ele também nos rejeitará.
Irmãos, agora que sabemos que esta parábola do semeador faz uma transição no ministério de Jesus Cristo e que Ele está falando por parábola para ocultar os mistérios do reino de Deus ao povo. Vamos agora tratar especificamente da parábola do semeador e ver o que Cristo ensina a sua Igreja.
O que Jesus ensina na parábola do Semeador? Nesta parábola encontramos alguns elementos importantes. Primeiramente encontramos o semeador. Ele prepara a terra antes de semear. Ele limpa e ara a terra; em segundo lugar, encontramos a semente semeada. Mas, o que chama a atenção é a maneira como ela é semeada. O semeador não sai semeando nos locais específicos preparados para as sementes. Pelo contrário, ele semeia de tal maneira que elas caem em todas as partes; em terceiro lugar, encontramos os vários tipos de solos em que caíram as sementes. Um é um solo batido, outro é um solo rochoso, um outro é um solo bom, mas está cheio de ervas daninhas. E o último é uma boa terra que frutifica.
Então, vamos interpretar a parábola. Quem é o semeador? Jesus Cristo é o semeador. O que é que Ele está semeando? A palavra de Deus (Lc 8.11). Ele está semeando a palavra de Deus no mundo. Veja que os solos aqui são os corações dos homens (Mt 13.19). É no coração do homem que o Senhor Jesus Cristo trabalha através da pregação da palavra de Deus. Ele não está preocupado com a vida material do povo. Ele está preocupado é com a vida espiritual, o destino eterno do povo. Pois é através da pregação da palavra que os pecadores chegam ao arrependimento e a fé. Romanos 10.17 diz: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. E em 1 Pedro 1.22-23 diz: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente”. Cristo veio para pôr em liberdade aquele que estava preso sob o poder do pecado e do diabo. Ele veio dar esperança a quem não tinha. Por isso Ele trata do coração do homem. Ele quer trazer pecadores indignos a fé. Por isso Ele está semeando a palavra de Deus no mundo.
Irmãos, uma parte da semente semeada caiu à beira do caminho, como diz Mateus 13.4: “E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram”. Esse é o coração que não corresponde ao evangelho de Cristo. É um coração insensível, de pedra, duro. Esse é o coração que persiste na recusa de andar na luz, acostumou-se a andar nas trevas. Ele está debaixo das influências de Satanás, porque tudo o que ele ouve é lançado imediatamente para longe se si, como se não tivesse a menor importância. Quantas pessoas no mundo agem assim. Ouve o evangelho, mas entra por um ouvido e sai pelo outro. Seu coração é como o asfalto, não cresce nada. Assim é o coração daqueles que tem o coração que se recusa a ouvir e reter a palavra.
Uma outra parte da semente caiu em um solo rochoso, como diz Mateus 13.5-6: “Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se”. Esse é o coração impulsivo, que age por impulso. Mateus 13.20 diz: “O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria”. Muitos já passaram pessoa Igreja de Cristo. É de pessoas desse tipo que Jesus fala. Eles receberam a palavra e com alegria queriam servir a Cristo. Pois acharam muito linda a palavra de Deus. Mas, o que aconteceu com essas pessoas depois? Elas abandonaram a Cristo. Por que abandonaram a Cristo? Mateus 13.21 responde dizendo: “mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza”. Abandonaram a Cristo porque não têm raiz em si mesmas. Elas apenas aceitaram exteriormente a palavra de Deus. Elas nunca fizeram da palavra de Deus seu guia e conselheiro. A alegria era de pouca duração. Nunca aprenderam realmente a doutrina do evangelho. Nunca a palavra de Deus afetou realmente seus corações. A palavra de Deus não habitou ricamente em suas vidas a ponto de darem frutos a Cristo. MAS, sobrevindo a angústia ou a perseguição por causa da palavra, se escandalizaram. Essas pessoas querem ser crentes, SIM, mas não querem sofrer por causa da palavra de Deus; não querem ser perseguidas ou zombadas pelos descrentes; não querem passar por sofrimentos em suas vidas de maneira nenhuma. É isso o que nós encontramos hoje. É o evangelho das igrejas chamadas ‘evangélicas’ de hoje. Muitos estiveram em nosso meio e abandonaram a Cristo sem motivo. Então, voltaram as suas vidas pecaminosas.
Irmãos, nós não devemos ficar surpresos quando isto acontece dentro da nossa igreja. Pois vocês já viram muitos entrando e saindo, mas eles nunca se comprometeram com Cristo e com a sua igreja. E continuam a viver desta maneira. Sabe por quê? Porque nunca foram crentes. Não sabem o que é realmente servir e viver para Cristo somente. Então se cumpre o que 1 João 2.19 diz: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”. Nós devemos criar raízes na palavra de Deus de tal maneira que nunca venhamos a abandoná-Lo em meio ao sofrimento e angústia. Mas, sejamos fiéis em todos os momentos de nossas vidas.
O terceiro tipo de solo é semelhante ao que foi semeado entre os espinhos (Mt 13.22). Por que este solo não frutifica? Porque seu coração está ocupado com as coisas deste mundo. Ele ouve a palavra e acolhe, mas não totalmente. Pois o seu coração está ocupado com os prazeres do mundo. Seu coração está enraizado no mundo. O mundo é mais interessante que servir a Deus. É mais interessante levar uma vida de pecado que uma vida de santidade. Acha melhor gozar dos prazeres que o mundo oferece que descansar no gozo de Cristo.
Esse tipo de pessoa quer cuidar das coisas do mundo; fica maravilhado com os prazeres do mundo e não com o reino de Cristo. Tudo no mundo é mais interessante e mais importante que o reino de Deus. Tudo no mundo tem um valor muito grande para o seu coração e sua vida, mesmo que isso custe a sua vida eterna. Não deixa a prática do pecado. Por essa causa a palavra fica infrutífera em seu coração, em sua vida. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 6.19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Muitas pessoas acumulam tesouros para esta vida. Apenas para esta vida. E não prestam atenção que esta vida é passageira e um dia tudo se acabará. Não cuidam em acumular um tesouro no céu. Não pensam no seu destino eterno. Seu coração está no mundo. Por isso Jesus Cristo está dizendo: “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Onde está seu coração?
Jesus ainda prossegue em Mateus 6.22-23 dizendo: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” e o verso 24 conclui dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. O Senhor Jesus Cristo ainda diz através do seu servo, o apóstolo João na sua primeira carta 2.15-17: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
Tem pessoas que estão dispostas a deixar e se desfazer de muitas coisas em suas vidas. Mas nunca fazem isto por amor a Deus. Apenas por amor a sua vida egoísta. Se você tem um coração desse tipo. Que ama as coisas do mundo. Você deve se arrepender. Porque senão arrepender-se será condenado ao lago de fogo. “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26).
A última parte da semente caiu em um bom solo. Por quê? Por que produziu frutos? As sementes eram diferentes? A que caiu e frutificou era de melhor qualidade a semente? Não, eram da mesma qualidade. Assim é o evangelho. Ele é pregado, ele é pregado igualmente para todos. Todos vocês estão ouvindo o mesmo evangelho. Cristo pregou o mesmo evangelho para todos. Mas, a reação das pessoas é diferente. As sementes são iguais, mas os solos são diferentes. Assim é com o evangelho. O evangelho é o mesmo, mas os corações são diferentes.
Jesus fala que a última parte da semente caiu em boa terra. Esse é o coração que ouve a palavra de boa vontade. Ele se prepara para ouvir a palavra. Seu coração é receptível ao evangelho. Por isso ele compreende o evangelho. Deus revela os mistérios do reino a ele. E o resultado é uma vida voltada para Deus. Ele é como uma árvore plantada a beira de um rio. Que suas folhas são sempre viçosas. Está sempre frutificando. Assim é o coração que recebe a Palavra com alegria e cria raízes nela. Ele dá muitos frutos na sua vida. Ele produz frutos de gratidão a Deus.
Porém, cada crente frutifica de uma maneira diferente. Nem todos frutificam na mesma proporção. Mas, uma coisa é certa: eles produzem frutos que honram ao seu Senhor e Salvador. Que serve para edificação do corpo de Cristo. Que venhamos irmãos a viver vidas dignas para Jesus Cristo.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! (Mt 13.9).

Amém!!!!