segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Hebreus 3.7-19: O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença

Texto: Hebreus 3.7-19                                      Pr. Alexandrino
                                                                         Recife 10-11-2013
Amada Igreja do Senhor Jesus Cristo!

A descrença é um pecado terrível. Pois leva o ser humano a não crer em Deus. Olhe o mundo a nossa volta! O mundo é descrente. A descrença é o que leva o homem ao inferno. Por isso a Palavra de Deus nos adverte contra esse mal. Por quê? Porque é possível ouvir a pregação da Palavra e não ser verdadeiramente convertido; é possível fazer parte do rol dos membros, mas não fazer parte da Igreja de Cristo; é possível enganar a nós mesmos achando que realmente servimos a Deus da nossa maneira.
O texto da pregação nos adverte contra o pecado da descrença para não sermos lançados no inferno. E por isso nesta noite é bom olharmos para o passado, presente e o futuro. E avaliarmos à luz da Palavra de Deus como foi a nossa vida, como está a nossa vida hoje e qual a perspectiva para o futuro. E como o Senhor nos encoraja a viver para Ele.

Eu vos proclamo a Palavra de Deus no seguinte tema:

Tema: O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
1. Nos Fazendo Olhar Para o Passado
2. Nos Fazendo Olhar Para o Presente
3. Nos Fazendo Olhar para o Futuro

O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
1. Nos Fazendo Olhar Para o Passado (Hb 3.7-11)

Irmãos, Hebreus 4.12 diz: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O texto diz que esta Palavra é VIVA! Que esta palavra é EFICAZ! Por que esta Palavra é viva e eficaz? Porque ela é a Palavra de Deus. Esta palavra que temos em nossas mãos é a Palavra de Deus. A mesma palavra que Ele disse: haja luz e houve luz! Ela não é uma palavra morta e sem poder. Ela é capaz da conceder vida a quem estar morto. Esta Palavra também é EFICAZ! É eficaz para salvar pecador das trevas.
Pois ela é inspirada pelo Espírito Santo! Hebreus 3.7a diz: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo”. E 2 Pedro 1.20-21 ainda diz: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. É exatamente por isso que o Espírito Santo faz uso da sua própria Palavra para advertir os ouvintes que recebera a carta aos Hebreus e também a nós do perigo da descrença. Ela não usa outra ferramenta, a não ser a sua própria Palavra que Ele próprio inspirou. Esta palavra que é viva e eficaz e mais cortante do que do que qualquer espada de dois gumes. De Gênesis a Apocalipse a Sagrada Escritura é usada para advertir pecadores. E no texto da pregação não é diferente.
Os versos 7b-11 são citados do Salmo 95. O salmista do Salmo 95 faz um resumo do êxodo do povo de Israel e mostra que os israelitas sempre mostraram descrença no Senhor na caminhada pelo deserto. Permita-me mostrar a vocês a triste história do êxodo de Israel. Eu falo triste porque realmente é uma história triste.
Irmãos, o povo de Israel estava habitando no Egito, mas lá ele vivia em escravidão; sofrendo com os maltratos dos egípcios; os israelitas eram forçados a trabalharem de uma maneira desumana. Porém, o Senhor se lembrou de sua promessa a Abraão e enviou Moisés para salvar o povo; Moisés fala a faraó e faraó endurece o coração e não deixa o povo sair. Por disso, Deus castiga o Egito com dez pragas. Que eventos maravilhosos da parte de Deus. Quem não gostaria de ver com seus próprios olhos aqueles eventos? A água do rio transformada em sangue; pedras em chamas caindo sobre todo Egito. Isso com certeza fortalecia ainda mais a confiança no SENHOR. Pois o povo de Israel está vendo com seus próprios olhos as obras maravilhosas do SENHOR. Você não ficaria?
Faraó finalmente deixa o povo sair para adorar a Deus. No êxodo ou saída do Egito do povo de Israel, Deus mesmo guiava o povo. Durante o dia com uma coluna de nuvem. Durante a noite a coluna de nuvem ficava envolvida em fogo (Ex 13.21-22). Porém, faraó persegue os israelitas com seu exército. Qual foi a atitude do povo? Foi uma atitude de descrença no poder de Deus. Abram comigo em Êxodo 14.10-12 e prestem atenção a reação do povo. O texto diz: “E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto”. O povo não crê no SENHOR e seu poder. O povo não crê que o SENHOR tem poder para livrá-lo do perigo. Os israelitas estão dizendo que é melhor estar vivendo como escravos no Egito. O povo já esqueceu o que o SENHOR fez lá no Egito a alguns dias atrás; veja como o povo é descrente no SENHOR. Eles preferem continuar vivendo no Egito como escravo e adorando outros deuses.
Mas, qual foi a atitude de Moisés? Êxodo 14.13-14 diz: “Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis”. Como a reação de Moisés é totalmente diferente da reação do povo. As palavras de Moisés são palavras de alguém que conhece o seu Deus e sabe o Ele que fará para defendê-lo. O povo tinha que crer da mesma maneira que Moisés.
As palavras de Moisés se mostraram verdadeiras imediatamente. Pois o Anjo do Senhor que ia adiante do povo passou para atrás do povo em posição de batalha. A coluna de fogo que iluminava o povo durante a noite também passou para trás povo bloqueando a passagem dos egípcios. Então, o Senhor de uma maneira milagrosa abriu o mar vermelho. O povo começou a passar pelo meio do Mar vermelho a pés enxutos. Os israelitas podiam olhar para os lados e verem as imensas muralhas de águas fazendo um corredor imenso. Enquanto isso o Anjo do Senhor e coluna de fogo continuavam impedindo o avanço dos egípcios. Quando o último israelita passou pelo Mar Vermelho, e isso pode ter demorado alguns dias, o Anjo do Senhor foi para a frente dos israelitas para continuar guiando-os e a coluna de fogo voltou para cima de Israel e se transformou em uma coluna de nuvem protegendo os israelitas do calor do sol.
Os egípcios em sua incredulidade começaram novamente a perseguição aos israelitas. Então, o SENHOR dos exércitos ordena que Moisés estenda as mãos para o mar quando os egípcios estavam atravessando e imediatamente o Mar Vermelho voltou ao seu lugar e os egípcios foram mortos. Tudo isso os israelitas viram com seus próprios olhos. Viram quão grandioso é o poder de Deus. O que você faria se estivesse lá? Com certeza era para os israelitas nunca mais duvidar do poder do seu Deus.
Porém, depois de três dias de caminhada pelo deserto o povo começa a murmurar contra o Senhor por falta de água. Deus, porém, purifica as águas amargas de Mara em águas doces.
Quinze dias depois o povo murmura contra o Senhor por falta de comida. Deus dá o maná e codornizes. Deus também ordena que no sétimo dia ninguém deveria colher o maná. Porque é o dia de descanso. Mas, muitos desobedecem e saíram para colher o maná. Em seguida Deus livra os israelitas dos amalequitas.
Irmãos, quando estamos ouvindo tudo causa até indignação de nossa parte contra Israel. Pois o SENHOR fez tantos milagres e mesmo assim o povo continua a murmurar mostrando falta de confiança e fé no SENHOR Deus.
Irmãos, o em seguida o Senhor dá os Dez Mandamentos ao povo e o povo respondeu fazendo um bezerro de ouro. Depois deste fato terrível, o povo instruído na lei do Senhor parte do monte Sinai.
Bem o povo não partiu do monte Sinai começou a murmurar por falta de comida, rejeitando assim o maná. Dizia que era melhor estar no Egito (Nm 11). Que era melhor os peixes que eles comiam de graças; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. E o povo ainda diz: “Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná” (Nm 11.6). Então, a pergunta que vem a mente é: como viviam os israelitas no Egito? Eles não eram escravos? E por que eles preferiam ser escravos no Egito que ser livre e confiar no SENHOR?
Por causa destas rebeldias e murmurações constantes Moisés achou seu trabalho pesado de mais e diz que não quer mais ser o líder do povo. Depois Deus se irou com esta declaração de rebeldia que mandou codornizes e em seguida lançou uma maldição sobre Israel.
Então, o povo chega a fronteira de Canaã. A terra prometida está em frente do povo e 12 espias são enviados para espiar a terra. O relato dos espias é recebido com descrença e incredulidade. O povo se rebela contra Moisés e Arão. Calebe e Josué reprovam o povo e mostram fé em Deus.
Qual a reação do Senhor? O Senhor se ira em extremo e quer matar a todos. O SENHOR não alguém mais tanta rebeldia de uma povo ingrato e incrédulo. Porém, Moisés intercede pelo povo. É isso que lemos em Números 14.17-19: “Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: O SENHOR é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gerações. Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui”.
Porém, Deus não inocenta o culpado – como Moisés afirmou. O SENHOR resolve poupar a vida do povo naquele momento e ao mesmo tempo decreta o castigo do povo. Número 14.20-24 diz: “Tornou-lhe o SENHOR: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei. Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR, nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que desprezaram a verá. Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”.
Irmãos, existia motivo para o povo de Israel murmurar contra o Senhor? Os atos poderosos do Senhor não mostraram que Ele era capaz de dar aquilo que o povo necessitava? Então, qual o motivo para tanta rebeldia? Só tem uma resposta: Descrença! Descrença no Senhor. Não há outra resposta para tamanha rebeldia e murmuração, a não descrença!
Vejam comigo Hebreus 3.7-10. O texto diz: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos”. Quem endureceu o coração no deserto? Não foi Israel? E quem foi que provocou, que tentou, que pois à prova as promessas as promessas do SENHOR e durante quarenta anos as todas as obras do SENHOR no deserto? Acaso não foi Israel?
Agora, prestem atenção principalmente no verso 11: “Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso”. São palavras fortíssimas que o SENHOR está dizendo. Ele está JURANDO NA SUA IRA! Ele não agüenta mais aquele povo ingrato e incrédulo e descrente. E foi exatamente isso o que aconteceu. Israel não entrou no descanso do Senhor, pelo contrário, foi rejeitado.
Irmãos, o passado de Israel é marcado pelo pecado de descrença e a descrença levou Israel para longe do Senhor e de suas promessas. Agora, o que o autor aos Hebreus quer nos ensinar com essas histórias do passado de Israel? Por que ele nos manda olhar para o passado de Israel? O que tudo isso tem a ver conosco?
Vamos olhar o verso 12 que diz: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”. Irmãos, o autor aos Hebreus está escrevendo para crentes, pessoas redimidas no sangue de Jesus. E ele sabe que a descrença afasta o pecador do Deus da vida. Ele sabe que nós corremos perigo de cair na descrença e deixarmos de confiar no Senhor Jesus Cristo. Assim como aconteceu com Israel no deserto. Eles eram membros da Igreja e mesmo assim foram rejeitados pelo SENHOR. Foram rejeitados porque não deram ouvidos as palavras da vida. Eles quando ouviram as palavras do SENHOR endureceram o coração. Tornaram-se descrente e por causa da descrença foram rejeitados. Isso é um alerta para nós! Não sejamos como Israel no deserto. Não sejamos descrentes nas promessas do SENHOR. Depositemos nossas vidas nas mãos do Salvador Jesus Cristo. Então, ouçamos as palavras e as guardemos como colocar em nossos pescoços.
Então, me deixe ser um pouco mais direto: O que faz quando HOJE ouve a voz de Deus na pregação ou através dos seus oficiais? Você endurece o coração? Você prova o Senhor? Você tenta o Senhor? Olhe para o passado de Israel e veja que por causa da descrença Israel foi rejeitado. Olhe agora para o passado de nossa Igreja no Grande Recife: Você alguma pessoa que endureceu seu coração e não está em nosso meio mais? Você lembra que essa ou essas pessoas foram desobedientes em não ouvir as palavras do Senhor Jesus Cristo? E vejam como foram desobedientes. Vejam como foram rejeitados por deixarem os caminhos do Senhor. Vejam que o Senhor Jesus Cristo fechou as portas do seu reino para eles.
Então, tenhamos cuidados para que não aconteça o mesmo com cada um de nós. Pois corremos o mesmo perigo e por isso o aviso!

Isso nos leva ao segundo ponto:
O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
Nos Fazendo Olhar Para Presente (Hb 3.12-15)

Irmãos, o Senhor Jesus não nos faz apenas olhar para o passado da Igreja no Antigo Testamento, Israel. Mas, também nos faz olhar para o presente. Para as nossas vidas HOJE! Observe o que o Senhor Jesus Cristo está dizendo através do Espírito Santo. Observem o verso 7 e prestem atenção na palavra “HOJE” nesse.
A citação é do Salmo 95 e o salmista já naquela época mandava Israel olhar para o passado de seus pais. Um passado triste a não ser seguido. Observe que o salmista diz que: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...”. Agora observem os versos 12-13 que diz: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”.
Observem a palavrinha “HOJE” no verso 13. O que isso significa? Isso significa que a exortação, a advertência é para “HOJE” e não para amanhã. HOJE é o dia de olharmos para nossas vidas. HOJE é o dia avaliarmos as nossas vidas à luz da Palavra de Deus. É uma advertência urgente para nós crentes e não deve ficar sem uma resposta de nossa parte. Devemos responder com fidelidade a advertência do nosso Salvador e não ficarmos parados achando que não podemos cair em tal pecado. Ele diz no verso 12: “tende cuidado”. Ele sabe do perigo que corremos. Ele sabe mais do que cada um de nós! Observe nesse verso a palavra “irmão”. Ele fala é para a igreja; para os membros do povo de Deus – como já falei.
Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso... perverso coração de incredulidade que nos afaste do Deus vivo (v. 12). A descrença é uma realidade e não podemos fugir dela e nem fingir que não corremos perigo de cair em tal pecado. Então, o que devemos fazer para não cairmos neste pecado? O texto diz: “Exortai-vos mutuamente...”. Um ótimo remédio contra o pecado da descrença é exercer a exortação, o encorajamento dos nossos irmãos para que eles não caiam neste pecado e vamos receber com alegria a exortação quando a recebemos. Pois isso mostra o amor de Cristo. Pois estamos cuidando um do outro.
E quando devemos exortar um ao outro? O texto diz: “exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que chama hoje”. Irmãos, não exorta os nossos irmãos apenas quando estamos na Igreja e ele apareceu. Devemos procurar diariamente exortar os nossos irmãos. Vamos na casa dos irmãos, vamos telefonar, vamos mensagem de celular, e-mail, mensagem pelo facebook e muito mais. Temos uma infinidade de recursos a nossa disposição para cumprirmos o mandamento de nosso Salvador. Uma Igreja que exorta é uma Igreja sadia e forte; uma Igreja que exorta é uma Igreja que cheia do amor de Cristo; é uma Igreja que tem o cheiro de Cristo; que tem a vida de Cristo. Então, não nos cansemos de exortar uns aos outros em amor.
Qual o propósito de exortarmos mutuamente hoje e sempre? O texto responde dizendo: “A fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”. Irmãos, o pecado é uma mentira e não vamos deixar nossos irmãos cair nesta mentira. Devemos livrar-los deste mal e mostrar-los a verdade de Cristo. Fazemos isso para salvar a alma de nossos irmãos. Pois quem não exorta não ama! Lembrem-se disso! Quem ama exorta!
Por que devemos fazer tudo isso? Porque recebemos a maior de todas as bênçãos. Vejam o verso 14 que diz: “Porque nos temos tronado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio tivemos”. Será que existe bênção maior do que essa, de sermos participantes de Cristo? Claro que não e isso motivo mais do que suficiente para estarmos exortando uns aos outros.
Agora, como sabemos que nos tornamos participantes de Cristo? O verso 14 responde dizendo: “se de fato, guardamos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos”. O que mostra realmente que somos participantes de Cristo é a nossa vida. A nossa vida é o fator decisivo se temos ou não um coração cheio de descrença. Por isso o verso 15 diz: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação”. Então, sempre receba com um coração receptivo a voz do seu Senhor e prove as bênçãos de viver como um povo que serve ao Senhor Jesus Cristo.

Vamos ao terceiro e último ponto:
O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
Nos Fazendo Olhar Para o futuro (16-19)

Irmãos, como Jesus Cristo nos faz olhar para o futuro? Acompanhe comigo a leitura de Hebreus 3.16-18: “Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?”.
Irmãos, quando vivemos em descrença não vemos futuro, ou melhor dizendo, não temos futuro! Sem Cristo não temos como ver um futuro. Sem Cristo não podemos entrar no descanso de Cristo e descansarmos de nossas luta e pecados.
Agora veja o verso 19: “Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade”. Israel não pôde entrar no descanso de Cristo por causa do pecado de descrença. Por isso não puderam ver um futuro e esperar as bênçãos deste futuro. Mas, ficaram presos a esta vida temporária e estão hoje sofrendo no inferno.
O Descanso eterno deve ser o nosso alvo. E quando temos fé, quando cremos em Cristo podemos olhar um dia melhor e maravilho. Este dia é o dia da volta de Cristo para cumprir todas as suas promessas em nossa vida. Olhamos para um futuro com o nosso Deus e Pai. Onde descansaremos de todas as lutas que enfrentamos hoje e provaremos da bênção que é presença de nosso Deus.
Amém.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mateus 13.1-9: A Parábola do Semeador

Leitura: Mateus 13.1-23                       Pr. Alexandrino
Texto: Mateus 13.1-9                           Recife 27-12-2009

Amada igreja do Senhor Jesus Cristo!

A parábola do semeador é uma das parábolas mais conhecidas no mundo cristão. Mas, o que é uma parábola? Parábola é uma história. História que se utiliza de elementos do nosso cotidiano, a fim de ensinar as pessoas que estão ouvindo. E o nosso Senhor Jesus Cristo gosta de ensinar por parábola as pessoas ao seu redor. Pois Ele se utiliza de elementos do dia-a-dia daquelas pessoas. Elementos que eles podiam compreender muito bem. Pensem na parábola da ovelha perdida e o esforço do pastor para encontrá-la. Assim Jesus - usando a ilustração do trabalho dos pastores de ovelhas – pôde ensinar aos seus ouvintes o que Deus faz para com seu povo. Ele como o Bom Pastor vai à procura das ovelhas perdida da casa de Israel. Jesus se utilizava desses elementos corriqueiros para ensinar seus ouvintes. E aqui não é diferente. Ele usa a figura de um agricultor que estar preparando a sua terra para o plantio. É algo que todos podiam entender, pois Israel era uma nação que vivia muito da agricultura.
Porém, esta parábola mostra algo muito importante no ministério do Senhor Jesus Cristo. Pois esta parábola mostra uma transição do ministério de Jesus Cristo. Por quê? Acompanhe comigo como começou o ministério do Senhor Jesus Cristo.
Irmãos, Jesus Cristo começou seu mistério procurando o povo de Israel. O povo da aliança. O povo do Senhor. São as ovelhas perdidas de Israel. Ele não vai procurar os gentios. Nem tenta criar outro povo. Pelo contrário, Ele vai cumprir as promessas da aliança. Mesmo que o povo de Israel esteja desviado, Deus envia seu Filho para resgatar os que estão perdidos. Porém, Jesus Cristo sofreu rejeição por parte de Israel. Como o apóstolo João diz em seu evangelho 1.11: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”. Jesus chegou em Gadara e curou dois endemoninhados. Mas, a população pediu que Jesus se retirasse da sua terra. Pois não querem nada com Jesus Cristo. Depois Ele fez numerosos milagres nas cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum. E novamente o povo se recusou a arrepender-se de seus pecados e a crer em suas palavras (Mt 11.20-24). Obstinadamente recusaram-se a crer em Jesus Cristo. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 11.21-24: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo”. Os habitantes dessas cidades são membros do povo de Deus. Mas, mesmo assim agem como descrentes, ou melhor, agem pior que os descrentes. Pois o Senhor Jesus Cristo fala que “se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza”. Eles rejeitaram a Palavra de Deus e seu Messias. Por causa do pecado dos habitantes daquelas cidades “haverá menos rigor, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para elas”. Isso mostra a gravidade da descrença daquele povo.
Entretanto, não fica apenas nisso. Logo depois vem a hostilidade dos líderes Judeus em tentar matar Jesus Cristo. Estão agindo da mesma maneira que os descrentes, ou melhor, estão agindo pior que os ímpios. Pois são os líderes espirituais do povo. Conhecedores da lei.
É triste o que nós estamos vendo no ministério Jesus Cristo. Ele está sendo rejeitado pouco a pouco pelos da casa de Israel. O povo que deveria recebê-Lo com muita alegria e amor – pois Ele é o Salvador do povo. Isso não acontece de maneira nenhuma. Porque a descrença é muito grande. Pois os líderes de Israel não apenas tentaram matar a Jesus. Chegaram ao ponto de blasfemar contra o Espírito Santo. Quando Jesus Cristo estava cheio do poder do Espírito Santo, fazendo prodígios e sinais e anunciando a Palavra de Deus com muita clareza. O poder de Deus se manifestando de tal maneira naquela hora sobre Jesus Cristo, que era impossível não crer no Senhor Jesus Cristo. Entretanto, os líderes do povo atribuíram o poder do Espírito Santo, agindo através de Jesus, como obra de satanás. Deliberadamente, propositadamente negaram a ação do Espírito Santo no ministério de Jesus Cristo. Eles selaram o seu destino eterno. Pois não há perdão o pecado contra o Espírito Santo.
Foi nesse momento de rejeição e mais rejeição no ministério de Jesus Cristo que se encontra a parábola do semeador. O Senhor Jesus Cristo mudou a direção do seu ministério. Ele agora se dirige especificamente para seus discípulos. Ele depois de muitas tentativas pregando o evangelho de Deus e sendo rejeitado, Ele deixa o povo e se dirige exclusivamente aos seus discípulos. Ele está preocupado com o coração dos seus amados discípulos. Pois eles serão os pilares da Igreja de Jesus.
É exatamente nesse momento Jesus Cristo fala por parábola. O motivo de Jesus falar por parábola é propositadamente. Por quê? Porque aos discípulos foi dado a conhecer os mistérios do reino. Acompanhe a leitura comigo de Mateus 13.11-12a que diz: “Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância”. Eles receberam o privilégio de conhecer os mistérios do reino de Deus. Nem todos têm esse privilégio. Nem todos em Israel tiveram e nem todos nos dias de hoje terão o privilégio de conhecer os mistérios do reino de Deus. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 13.16-17: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram”. Eles são bem-aventurados! Bem-aventurados em conhecer a graça de Deus em suas vidas. Bem-aventurados em viver com Jesus Cristo, pois Jesus Cristo é a graça de Deus na vida dos homens. Bem-aventurados em servir a Jesus Cristo. Bem-aventurados em conhecer o mistério do reino de Deus. Assim como nós somos bem-aventurados. Pois nos foi concedido o privilégio de conhecermos os mistérios do reino de Deus. Nos foi dada a graça de vivermos para Deus somente. Sabendo que viveremos no seu reino. Isso é ser bem-aventurado! É ser liberto do domínio do pecado e do diabo. Ser lavado no sangue do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Existe graça maior do que essa? Não, não existe. Porque Deus nos resgatou do perigo da condenação eterna, por essa causa somos bem-aventurados!
Porém, quando Jesus fala aqui em parábola, no texto da pregação, é um juízo condenatório sobre os judeus. É uma condenação sobre aqueles israelitas. Ele diz em Mateus 13.12b-13: “mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem”. Ele não está falando em parábola para revelar o reino dos céus as pessoas que estão ouvindo a Ele, mas está falando para ocultar os mistérios do reino de Deus. Jesus após falar estas palavras, imediatamente cita Isaías 6.9-10. O texto de Isaías 6.9-10 diz: “Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo”.
Irmãos, Deus já havia enviados muitos profetas para pregarem a sua palavra a casa de Israel. Mas o resultado é que o povo não quis ouvir a palavra do Senhor e nem se arrepender de seus pecados. Querem permanecer longe do reino de Deus. Então, na passagem de Isaías que lemos, nós vemos Deus comissionando Isaías para pregar a sua Palavra ao povo da aliança mais uma vez. E qual a mensagem que Deus mandou Isaías pregar? Deus mandou Isaías anunciar juízo ao povo. A missão de Isaías era difícil, pois ele deveria pregar e o resultado era endurecimento do povo e nada de arrependimento. O povo iria ouvir a palavra de Deus e não iria entender; o povo iria ver os sinais através de Isaías e não iria perceber. Sabe por quê? Porque o Senhor estava, tornando através da pregação da palavra, insensível o coração daquele povo. Em outras palavras podemos dizer que: o Senhor não queria salvar mais Israel. O Senhor estava cansado de enviar os seus servos a pregar as boas novas. Agora o Senhor envia juízo sobre todos os que rejeitaram a Ele. O texto de Isaías diz que o Senhor não quer que o povo se converta. Assim aconteceu na época do profeta Isaías e assim pode acontecer nos dias de hoje. Pois a longanimidade, a paciência de Deus tem um limite. Deus pode reter a sua graça depois de muito oferecida. Então, em vez de ser para a salvação será para condenação daqueles que desprezam a Palavra de Deus.
Irmãos, Jesus usa este texto de Isaías para dizer que a mesma coisa está acontecendo naquele momento do seu ministério. Pois havia endurecimento por parte do povo; havia rejeição dEle como Messias e de Sua Palavra, por parte do povo; o resultado depois de muita pregação e ensino foi o abandono da fé por parte do povo da aliança. Observe atentamente o início do verso 14 que diz: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías”. A profecia de Isaías está se cumprindo naquele momento. Assim como aconteceu na época do profeta Isaías uma grande rejeição por parte do povo ao Senhor e a sua palavra. Assim estar acontecendo na época de Jesus Cristo. O povo está rejeitando a Deus e seu Messias. Acompanhe comigo novamente a leitura de Mateus 13.14-15 que diz: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”.
Irmãos, Jesus Cristo prega através de parábolas para ocultar as coisas do reino de Deus e assim o povo – fariseus, escribas, sacerdotes e outros judeus – não seriam salvos por Ele. O povo rejeita-O, mas agora é Ele que estar rejeitando o povo. Eles iriam ouvir a sua pregação e não iriam entender; iriam ver os seus milagres e sinais, mas não iam perceber; porque Deus estava endurecendo o coração daquele povo. Deus estava fechando os olhos e tapando os ouvidos do povo. Assim o povo não iria se converter e ser salvo por Ele.
Aqui tem uma aplicação para nós. Pois Deus nos deixa bem claro que: se nós O rejeitamos, Ele também nos rejeitará.
Irmãos, agora que sabemos que esta parábola do semeador faz uma transição no ministério de Jesus Cristo e que Ele está falando por parábola para ocultar os mistérios do reino de Deus ao povo. Vamos agora tratar especificamente da parábola do semeador e ver o que Cristo ensina a sua Igreja.
O que Jesus ensina na parábola do Semeador? Nesta parábola encontramos alguns elementos importantes. Primeiramente encontramos o semeador. Ele prepara a terra antes de semear. Ele limpa e ara a terra; em segundo lugar, encontramos a semente semeada. Mas, o que chama a atenção é a maneira como ela é semeada. O semeador não sai semeando nos locais específicos preparados para as sementes. Pelo contrário, ele semeia de tal maneira que elas caem em todas as partes; em terceiro lugar, encontramos os vários tipos de solos em que caíram as sementes. Um é um solo batido, outro é um solo rochoso, um outro é um solo bom, mas está cheio de ervas daninhas. E o último é uma boa terra que frutifica.
Então, vamos interpretar a parábola. Quem é o semeador? Jesus Cristo é o semeador. O que é que Ele está semeando? A palavra de Deus (Lc 8.11). Ele está semeando a palavra de Deus no mundo. Veja que os solos aqui são os corações dos homens (Mt 13.19). É no coração do homem que o Senhor Jesus Cristo trabalha através da pregação da palavra de Deus. Ele não está preocupado com a vida material do povo. Ele está preocupado é com a vida espiritual, o destino eterno do povo. Pois é através da pregação da palavra que os pecadores chegam ao arrependimento e a fé. Romanos 10.17 diz: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. E em 1 Pedro 1.22-23 diz: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente”. Cristo veio para pôr em liberdade aquele que estava preso sob o poder do pecado e do diabo. Ele veio dar esperança a quem não tinha. Por isso Ele trata do coração do homem. Ele quer trazer pecadores indignos a fé. Por isso Ele está semeando a palavra de Deus no mundo.
Irmãos, uma parte da semente semeada caiu à beira do caminho, como diz Mateus 13.4: “E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram”. Esse é o coração que não corresponde ao evangelho de Cristo. É um coração insensível, de pedra, duro. Esse é o coração que persiste na recusa de andar na luz, acostumou-se a andar nas trevas. Ele está debaixo das influências de Satanás, porque tudo o que ele ouve é lançado imediatamente para longe se si, como se não tivesse a menor importância. Quantas pessoas no mundo agem assim. Ouve o evangelho, mas entra por um ouvido e sai pelo outro. Seu coração é como o asfalto, não cresce nada. Assim é o coração daqueles que tem o coração que se recusa a ouvir e reter a palavra.
Uma outra parte da semente caiu em um solo rochoso, como diz Mateus 13.5-6: “Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se”. Esse é o coração impulsivo, que age por impulso. Mateus 13.20 diz: “O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria”. Muitos já passaram pessoa Igreja de Cristo. É de pessoas desse tipo que Jesus fala. Eles receberam a palavra e com alegria queriam servir a Cristo. Pois acharam muito linda a palavra de Deus. Mas, o que aconteceu com essas pessoas depois? Elas abandonaram a Cristo. Por que abandonaram a Cristo? Mateus 13.21 responde dizendo: “mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza”. Abandonaram a Cristo porque não têm raiz em si mesmas. Elas apenas aceitaram exteriormente a palavra de Deus. Elas nunca fizeram da palavra de Deus seu guia e conselheiro. A alegria era de pouca duração. Nunca aprenderam realmente a doutrina do evangelho. Nunca a palavra de Deus afetou realmente seus corações. A palavra de Deus não habitou ricamente em suas vidas a ponto de darem frutos a Cristo. MAS, sobrevindo a angústia ou a perseguição por causa da palavra, se escandalizaram. Essas pessoas querem ser crentes, SIM, mas não querem sofrer por causa da palavra de Deus; não querem ser perseguidas ou zombadas pelos descrentes; não querem passar por sofrimentos em suas vidas de maneira nenhuma. É isso o que nós encontramos hoje. É o evangelho das igrejas chamadas ‘evangélicas’ de hoje. Muitos estiveram em nosso meio e abandonaram a Cristo sem motivo. Então, voltaram as suas vidas pecaminosas.
Irmãos, nós não devemos ficar surpresos quando isto acontece dentro da nossa igreja. Pois vocês já viram muitos entrando e saindo, mas eles nunca se comprometeram com Cristo e com a sua igreja. E continuam a viver desta maneira. Sabe por quê? Porque nunca foram crentes. Não sabem o que é realmente servir e viver para Cristo somente. Então se cumpre o que 1 João 2.19 diz: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”. Nós devemos criar raízes na palavra de Deus de tal maneira que nunca venhamos a abandoná-Lo em meio ao sofrimento e angústia. Mas, sejamos fiéis em todos os momentos de nossas vidas.
O terceiro tipo de solo é semelhante ao que foi semeado entre os espinhos (Mt 13.22). Por que este solo não frutifica? Porque seu coração está ocupado com as coisas deste mundo. Ele ouve a palavra e acolhe, mas não totalmente. Pois o seu coração está ocupado com os prazeres do mundo. Seu coração está enraizado no mundo. O mundo é mais interessante que servir a Deus. É mais interessante levar uma vida de pecado que uma vida de santidade. Acha melhor gozar dos prazeres que o mundo oferece que descansar no gozo de Cristo.
Esse tipo de pessoa quer cuidar das coisas do mundo; fica maravilhado com os prazeres do mundo e não com o reino de Cristo. Tudo no mundo é mais interessante e mais importante que o reino de Deus. Tudo no mundo tem um valor muito grande para o seu coração e sua vida, mesmo que isso custe a sua vida eterna. Não deixa a prática do pecado. Por essa causa a palavra fica infrutífera em seu coração, em sua vida. Por isso Jesus Cristo está dizendo em Mateus 6.19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Muitas pessoas acumulam tesouros para esta vida. Apenas para esta vida. E não prestam atenção que esta vida é passageira e um dia tudo se acabará. Não cuidam em acumular um tesouro no céu. Não pensam no seu destino eterno. Seu coração está no mundo. Por isso Jesus Cristo está dizendo: “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Onde está seu coração?
Jesus ainda prossegue em Mateus 6.22-23 dizendo: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” e o verso 24 conclui dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. O Senhor Jesus Cristo ainda diz através do seu servo, o apóstolo João na sua primeira carta 2.15-17: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
Tem pessoas que estão dispostas a deixar e se desfazer de muitas coisas em suas vidas. Mas nunca fazem isto por amor a Deus. Apenas por amor a sua vida egoísta. Se você tem um coração desse tipo. Que ama as coisas do mundo. Você deve se arrepender. Porque senão arrepender-se será condenado ao lago de fogo. “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26).
A última parte da semente caiu em um bom solo. Por quê? Por que produziu frutos? As sementes eram diferentes? A que caiu e frutificou era de melhor qualidade a semente? Não, eram da mesma qualidade. Assim é o evangelho. Ele é pregado, ele é pregado igualmente para todos. Todos vocês estão ouvindo o mesmo evangelho. Cristo pregou o mesmo evangelho para todos. Mas, a reação das pessoas é diferente. As sementes são iguais, mas os solos são diferentes. Assim é com o evangelho. O evangelho é o mesmo, mas os corações são diferentes.
Jesus fala que a última parte da semente caiu em boa terra. Esse é o coração que ouve a palavra de boa vontade. Ele se prepara para ouvir a palavra. Seu coração é receptível ao evangelho. Por isso ele compreende o evangelho. Deus revela os mistérios do reino a ele. E o resultado é uma vida voltada para Deus. Ele é como uma árvore plantada a beira de um rio. Que suas folhas são sempre viçosas. Está sempre frutificando. Assim é o coração que recebe a Palavra com alegria e cria raízes nela. Ele dá muitos frutos na sua vida. Ele produz frutos de gratidão a Deus.
Porém, cada crente frutifica de uma maneira diferente. Nem todos frutificam na mesma proporção. Mas, uma coisa é certa: eles produzem frutos que honram ao seu Senhor e Salvador. Que serve para edificação do corpo de Cristo. Que venhamos irmãos a viver vidas dignas para Jesus Cristo.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! (Mt 13.9).

Amém!!!!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dia do Senhor 04: O Senhor Mantém Sua Justiça

Leitura: Gênesis 2.15-17; Naum 1.1-8                        Pr. Alexandrino
Texto: Dia do Senhor 04                               São José 08-02-2009; 13-03-2010 Recife 08-03-2009

Amada Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Nos domingos 2 e 3 do catecismo nós aprendemos que o homem não consegue amar a Deus como Ele exige em Sua lei. Vimos que o homem é incapaz de guardar a lei de Deus. A sua desobediência no paraíso afetou todas as partes de sua natureza. Ele não consegue buscar o bem e nem fazer bem algum.
Aqui no Domingo 4 o pecador tenta mais uma vez tirar a culpa de si mesmo e jogar toda culpa em Deus por causa de sua incapacidade de cumprir a Lei. O pecador questiona a justiça e a misericórdia de Deus. Ele está tentando fugir de sua responsabilidade perante Deus. Assim como Adão e Eva não assumiram a sua culpa e colocaram a culpa em Deus e na serpente. Porém, Deus mantém a sua justiça apesar das falsas acusações do pecador.
E é sobre esta justiça de Deus que irei pregar nesta manhã no seguinte tema:

Tema: O Senhor Mantém Sua Justiça
1. Na Exigência da Sua Lei
2. No Castigo da Nossa Rebeldia
3. Na Manifestação da Sua Misericórdia

O Senhor Mantém Sua Justiça
1. Na Exigência da Sua Lei

Irmãos, aprendemos no domingo 3 sobre a origem e a profundidade da nossa miséria. Vimos que a origem da nossa miséria veio da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso. Foi um ato de rebeldia do homem contra Deus. Ali nossa natureza se tornou tão envenenada que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado. O pecado afetou todas as partes da nossa natureza. Somos tão corrompidos que não conseguimos fazer bem algum e além do mais, somos inclinados para o mal. O pecado afetou nosso ser de tal maneira que pecamos por pensamentos, palavras e atos. A profundidade do pecado em nossa natureza é muito grande. Podemos dizer que a natureza humana é como uma fonte de água contaminada. Não se pode fazer brotar água limpa e pura de uma fonte contaminada. Assim é a natureza humana. O homem não consegue fazer nada de bom. Porque sua natureza está totalmente corrompida.
Entretanto, Deus exige do homem que ele cumpra a sua lei perfeitamente. Ele deve amar a Deus e a seu próximo perfeitamente. O homem deve amar a Deus com todo seu coração, com toda a sua alma e com todo o seu entendimento. Porém, nós vimos nos domingos 2 e 3 do catecismo que não conseguimos cumprir esta exigência que Deus requer de nós. Não conseguimos fazer bem algum e ainda somos inclinados para todo mal. Então, Deus exige do homem, em sua lei, o que este não pode cumprir. Isto não é injusto?
Nós estamos dispostos a responder que ‘SIM!’, é injusto o que Deus exige de nós em sua lei. Vou dar um exemplo: vamos supor que você encontra um gato morto em sua casa e você quer removê-lo daquele local. Você pode gritar e insultá-lo, mas ele não vai obedecer – simplesmente porque ele está morto. É injusto você exigir que um morto obedeça a sua ordem. Então, nós estamos persuadidos de que o Senhor é demasiadamente injusto ao exigir de nós, na sua lei, o que Ele sabe que não conseguimos fazer.
Irmãos, o pecador está perante o tribunal de Deus e quer fugir de suas responsabilidades. Nesta primeira pergunta do domingo 4 o pecador está tentando jogar fumaça nos olhos de Deus com suas desculpas esfarrapadas dizendo que não é justo o que Deus está exigindo dele. Mas será que Deus é injusto? Será que Deus cobra do homem o que ele não pode cumprir? A pergunta 9 do catecismo diz: “Então, Deus exige do homem, em sua lei, o que este não pode cumprir. Isto não é injusto?”. A resposta é a seguinte: “Não, pois Deus criou o homem de tal maneira que este pudesse cumprir a lei”. O catecismo responde de maneira bíblica e simples. Ele aponta para o paraíso quando Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Deus deu seus dons maravilhosos ao homem de tal maneira que esse podia cumprir a sua lei. O homem fazia perfeitamente a vontade de Deus. Por isso o catecismo diz que Deus criou o homem de tal maneira que esse pudesse cumprir a lei.
E o catecismo continua dizendo: “O homem, porém, sob instigação do diabo e por sua própria rebeldia, privou a si mesmo e a todos os seus descendentes destes dons”. O homem deu ouvido a tentação de satanás e de livre vontade obedeceu as palavras de satanás. Ele se rebelou contra Deus, seu Criador. Ele quebrou a aliança da criação com Deus e fez uma com o diabo. Por causa desse ato de rebeldia ele privou ou jogou fora os dons de Deus. Os quais Deus havia dado para ele ter condições de cumprir perfeitamente a sua lei. Mas ele não deu valor as bênçãos de Deus e privou a si mesmos e a todos os seus descendentes destes dons. Em Adão nós pecamos e como seus descendentes também fomos privados daqueles dons de justiça e santidade. Como Romanos 5.12 diz: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Adão era o nosso representante e quando ele pecou todos nós pecamos nele.
Então meus amados irmãos, não é injusto o que Deus exige do homem. Ele cobra porque deu condições ao homem para cumprir a sua lei. Agora Ele não tem culpa se o homem lançou fora seus dons. Pelo contrário, Ele é justo porque exige de nós. Ele justo porque mantém sua justiça na exigência da sua lei.

O Senhor Mantém Sua Justiça
2. No Castigo da Nossa Rebeldia

Irmãos, nós por natureza não gostamos de nos submeter a autoridade. Mesmo que nós confessemos publicamente perante muitas testemunhas. Nós não gostamos de sermos cobrados, mesmo que seja justo por causa da nossa confissão. Não gostamos de cumprir o que prometemos e achamos injusta a cobrança sobre nós. No mundo é assim e infelizmente na igreja também. Muitos membros não gostam de ser cobrados com relação a sua pública profissão de fé quando estão vivendo em rebeldia. Não querem cumprir o que prometeram no dia da sua pública profissão de fé. Porém, uma coisa é certa: Deus é imutável, ou seja, Deus não muda e Ele não mudará o que exige de nós. Não importa se eu ou vocês protestamos. Deus continua sendo imutável. E é por isso que Ele exige do homem perfeito amor – isso inclui cada um de nós. Ele não é injusto em exigir isso. Pois Ele deu ao homem condições para cumpri a sua lei perfeitamente. Assim o homem tinha condições de amá-lo e viver com Ele em eterna felicidade para todo o sempre. Porém, o homem jogou fora todos os dons recebidos de Deus e privou todos os seus descendentes desses dons – isso inclui cada um de nós.
Então, não é injusto quando Deus cobra de nós perfeito amor e nós, por causa do nosso pecado, não conseguimos cumprir a exigência de Deus. Nós – em Adão – pecamos contra a ordem de Deus. Passamos por cima do que Deus havia dito que não era para fazer. Nós nos rebelamos conscientemente contra Deus e seus mandamentos.
Porém, Deus deixa sem castigo essa desobediência e rebeldia? Irmãos, eu falei que Deus é imutável. Ele não muda e nem mudará. Pelo contrário, Ele cumpre o que diz. Ele disse ao homem em Gênesis 2.16-17: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. O SENHOR deixou bem claro que se o homem desobedecesse a sua ordem, ele morreria. E foi exatamente o que aconteceu. O homem após a sua transgressão morreu. Ele perdeu a comunhão com Deus e essa quebra da comunhão é a morte. Por causa do pecado Deus está irado contra o homem e quer castigá-lo por causa do seu pecado.
O catecismo na pergunta e resposta 10 diz: “Deus deixa sem castigo esta desobediência e rebeldia? Resposta: Não, não deixa, porque Ele se ira terrivelmente tanto contra os pecados em que nascemos como contra os que cometemos”. Ele não deixa sem castigo os pecados dos homens. Seja o que cometemos nesta vida ou o pecado que trazemos em nossa natureza caída e corrupta. Todos nós já trazemos em nosso sangue o pecado maldito. Hoje muitos evangélicos dizem as pessoas quando estão falando ou evangelizando aos descrentes: “Deus te ama e tem um plano maravilhoso para ti”. Isso é mentira! Pois a palavra de Deus afirma em Gálatas 3.10: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las”. Deus odeia o pecado e também odeia o pecador. Pois não pode separar o pecado do pecador. Por isso Deus está dizendo: “MALDITO” todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para praticá-las. Nenhum homem cumpre o que Deus exige na sua lei. Ninguém ama a Deus perfeitamente e a seu próximo. Por causa disso Deus não deixa o pecado impune. E tenha certeza de uma coisa: a ira de Deus não é uma ira que você ou eu podemos aplacar ou acalmar. No livro do profeta Naum 1.2 diz: “O SENHOR é Deus zeloso e vingador, o SENHOR é vingador e cheio de ira; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos” e no verso 6 continua dizendo: “Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas”.
Foi esta ira que nosso Senhor Jesus Cristo suportou. Ele sabia que na cruz do Calvário Deus iria derramar sua ira sobre Ele. Por isso Ele orou da seguinte forma: “meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!” (Mt 26.39) e Lucas acrescenta dizendo: “E, estando em agonia orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22.44). Ele sabia muito bem o que era a ira de Deus. Ele sabia quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Quão terrível é suportar a ira de Deus. Por causa da ira de Deus derramada sobre os nossos pecados Ele gritou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34). Ele suportou a indignação de Deus contra os nossos pecados e é essa mesma ira que Deus quer castigar o pecador. Isso Ele faz por justo juízo.
Então irmãos, não devemos pensar na ira de Deus como alguma coisa banal e que podemos suportar. Mas como algo terrível e que causa medo na vida do pecador. Não devemos brincar de ser crentes. Não devemos brincar com Deus. Pois o SENHOR é um Deus vingador. E Ele toma vingança contra quem brinca com Ele e sua Igreja.
Mas, surge a seguinte pergunta: será que a ira descrita pelo profeta Naum e que o Senhor Jesus Cristo suportou na cruz, se manifesta ainda hoje? Não vemos a ira na vida diária ou podemos considerar que a ira de Deus está afastada de nossos dias? Não, não devemos ver a ira de Deus afastada de nossos dias. O catecismo diz que Deus quer “castigar os pecados por justo julgamento, AGORA, nesta vida e na futura”. O catecismo diz que a ira de Deus é uma realidade na vida humana. Paulo diz em Romanos 1.18 que: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. A palavra de Deus confirma o que o catecismo fala que a ira de Deus se manifesta nesta vida. A ira de Deus é uma realidade na vida humana. Ela é continuamente revelada neste mundo pecaminoso. Por que a ira de Deus se revela e qual a forma da ira de Deus se revelar? Paulo nos versos seguintes de Romanos 1 responde dizendo que as pessoas fecham os olhos ao que Deus revelou de si mesmo na criação. Os céus proclamam a glória de Deus. Isso pode ser visto nas árvores, tempestades, no sol e toda a criação declaram a existência de Deus e a grandeza do Criador. Mas as pessoas recusam-se a reconhecer o Criador e decidem adorar as criaturas. Os homens adoram a ídolos feitos por mãos humanas, criados a partir de coisas como pedras e madeiras, como se esses ídolos tivessem criado o mundo e também suprisse as necessidades dos adoradores. Por causa dessas coisas é que vem a ira de Deus na vida do pecador. No verso 24 de Romanos 1 Paulo diz: “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si”. Prestem atenção numa coisa: desonrar o corpo é uma maldição de Deus, uma expressão da ira de Deus. Como as pessoas desonram o corpo? Idolatrando o corpo, na criação de músculo e na redução de gordura por vaidade, devemos ver isto como idolatria. E nós devemos ter em mente que isso é idolatria e a expressão da ira de Deus. Pois adoram seus corpos cuidando deles, mas não adoram a Deus, o Criador.
Paulo continua dizendo que as pessoas não se dobram debaixo da expressão da ira de Deus e sem arrependimento desonram seus corpos de uma maneira horrível. Romanos 1.26-27 diz: “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”. Esse comportamento é o homossexualismo. O nosso mundo não vê a atividade homossexual como um crime. Tem até países que já legalizaram o casamento homossexual entre pessoas do mesmo sexo. O mundo ver o homossexualismo como uma doença ou como uma alternativa de vida que uma pessoa escolhe. Mas a Bíblia ver o homossexualismo como pecado. É a perversão da sexualidade que Deus criou, macho e fêmea. Isso é a ira de Deus sobre a perversão do homem. Como diz Romanos 1.26; “Deus entregou (os homens) a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza” e o verso 27 diz: “... recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”. Vejam as atitudes das pessoas no verso 29 em diante de Romanos 1: “cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia”.
Tais atitudes são parte integrante da ira de Deus que se revela nos céus contra toda impiedade e injustiça. Não se enganem amados, pois estas atitudes abundam em nossa sociedade. Quando vocês vêem guerras no oriente médio é a expressão da ira de Deus sendo derramada contra a impiedade. Quando vocês vêem as pessoas frias para com as outras neste mundo é a expressão da ira de Deus sendo derramada na vida da humanidade por causa da sua desobediência contra Deus.
Irmãos, a ira de Deus empurra para baixo a nossa sociedade. Quanto mais vemos violência, mais vemos a ira de Deus sendo derramada sobre este mundo corrompido. Por isso não devemos pensar que Deus não castiga as pessoas hoje, já nesta vida. Pois quando vemos tudo isto podemos dizer que é a ira de Deus contra o pecado e está castigando toda impiedade contra Ele. Pois Ele mantém a sua justiça no castigo da nossa rebeldia contra Ele. Isso Ele fez quando derramou sua ira sobre Jesus Cristo em nosso lugar.

O Senhor Mantém Sua Justiça
3. Na Manifestação da Sua Misericórdia

Irmãos, o pecador não gosta de assumir sua culpa perante Deus. Na pergunta 9 do catecismo o pecador tenta alegar que não é justo o que Deus exige dele. Porém, o catecismo refletindo o ensino bíblico deixa bem claro que Deus “criou o homem de tal maneira que este pudesse cumprir a lei. O homem, porém, sob instigação do diabo e por sua própria rebeldia, privou a si mesmo e a todos os seus descendentes desses dons”. A palavra de Deus não deixa espaço para o homem fugir de sua responsabilidade perante a lei de Deus. Porém, o homem faz mais uma tentativa para escapar do castigo de Deus. Ele vê que não há saída e então tenta apelar para a misericórdia dizendo: “mas Deus não é também misericordioso?”. O homem quer escapar de seu castigo que é inevitável.
Irmãos, Deus na verdade é misericordioso. Mas também é justo. A sua misericórdia não pode ser separada de sua justiça. Deus havia dito que se o homem pecasse, ele iria morrer. Em Romanos 6.23 diz que o salário do pecado é a morte. Por que o salário do pecado é a morte? O catecismo responde dizendo que: “sua justiça exige que o pecado, cometido contra a sua suprema majestade seja castigado também com a pena máxima, quer dizer, com o castigo eterno em corpo e alma”. O catecismo diz que o pecado é contra a suprema majestade de Deus. Não é contra mim ou contra você. Mas é contra a suprema majestade de Deus. Deus é santo e não tolera o pecado contra sua majestade. Por isso sua lei exige que o pecado seja castigado com a pena máxima, em corpo e alma, ou seja, com o castigo eterno.
Deus não deixa o pecado impune. Se Ele deixasse de punir o pecado, Ele não seria justo. Também Ele não seria Deus, mas seria homem. Mas é na justiça de Deus que nós podemos ver a sua misericórdia agindo juntas para nosso bem. Imagine se Deus não punisse o pecado. Como seria a terra? A terra seria um inferno e não um paraíso. Pois se Deus não punisse o pecado não haveria misericórdia para nós. Pois é em Cristo Jesus que nós podemos ver a justiça e a misericórdia de Deus ao mesmo tempo. O Salmo 85.9-10 diz: “Próxima está a sua salvação dos que o temem, para que a glória assista em nossa terra. Encontraram-se a graça (ou misericórdia) e a verdade, a justiça e a paz se beijaram”. Sabem onde a justiça e a misericórdia de Deus se beijaram? Foi na crucificação do nosso Senhor Jesus Cristo. Lá Deus derramou sua ira contra o pecado, fazendo justiça. Mas ao mesmo tempo estava usando de sua misericórdia para com pecadores como nós. Pois Ele também naquele ato estava nos salvando da condenação e do furor da sua ira. Para que nós, através de Cristo, nunca mais fôssemos condenados. Através de Cristo fomos salvos da ira de Deus e fomos salvos para a vida eterna.

Amém.